(Poesia)
Fátima
Nas
águas barrentas flutuam canoas
Curumins
gritando, bramindo pobreza.
Nas
margens sombrias garças paradas
Salpicam
de branco a natureza.
Cobrem
as cabeças debaixo das asas
Numa
só perna se equilibrando
Inertes
ouvem a floresta que por si fala,
Sons
e magia que a mata exala.
E
o mundo das águas faz sua dança,
Nos
círculos traiçoeiros dos rebojos e remansos.
E
as canoas teimam vencendo a correnteza,
Rasgando
as águas em seu trejeito manso.
Ah,
Rio Mar !
De
lendas, mortes , cruéis batalhas,
Épicos
feitos, conquista e glória,
De
Orelanas, Muirakitãs,
Oh
Amazonas !
Sempre
eterno em minha memória
Por
guardares a minha história.
(Quarta
Antologia Poética Vargas Netto
Centro
Cultural São Borja – RS, Página
38)
<< Voltar
_________________________________________ _________________________________________ |